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"Lamentavelmente temos uma dissintonia", diz Onyx sobre MP do 13º do Bolsa Família no Congresso

Datena

O ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, disse nesta sexta-feira (18) à Rádio Bandeirantes que "lamentavelmente existe às vezes uma dissintonia" entre os Poderes no Brasil. A afirmação foi feita quando o ministro foi questionado sobre a decisão do presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), em pautar para hoje a análise da Medida Provisória que prevê o pagamento do 13º para beneficiários do Bolsa Família.

"Vamos aguardar para ver como as coisas vão acontecer no Congresso. Não depende só de vontade do presidente da Câmara, precisamos que o Senado se manifeste. Aquilo que o Congresso determinar, como já aconteceu com o auxílio emergencial, o governo vai cumprir. No caso do auxílio, cumpriu muito mais, fomos 6 meses a mais. Lamentavelmente temos às vezes uma dissintonia, mas o bom senso e o equilíbrio ao final prevalecem", disse.

Ontem, em transmissão ao vivo nas redes sociais, o presidente Bolsonaro disse que Maia era o culpado pelo fato de os beneficiários do programa não receberem uma 13ª parcela neste ano. O deputado respondeu o chamando de "mentiroso".

Fim do auxílio emergencial

O ministro Onyx conversou com o Manhã Bandeirantes para falar sobre o fim do auxílio emergencial, já que a Caixa Econômica Federal paga hoje a parcela final do benefício. Segundo ele, o "novo Bolsa Família" e um novo programa de microcrédito serão os responsáveis por atender as pessoas que estavam até o momento dependendo do auxílio.

"Esse novo Bolsa Família, que estou louco para apresentar, vai ser muito bonito. Vai ser pela empregabilidade, para emancipar as pessoas, trazer o mérito. Não é aquela coisa terrível de criar dependência. Ganhamos a eleição contra isso. será um programa para promover as pessoas. O presidente ainda não me autorizou a falar. Em janeiro entramos aqui ao vivo novamente e eu apresento. Acredito que na primeira ou segunda semana de janeiro. Dependo do 'ok' do chefe", disse.

De acordo com Onyx, o governo terá pago, até o dia 30 de dezembro, R$ 330 bilhões em 9 meses de auxílio emergencial. Em dezembro, aproximadamente 58 milhões de pessoas serão atendidas.

"O novo Bolsa Família vai remunerar 20 milhões de pessoas. Além disso, estamos trabalhando no microcrédito digital produtivo obtido pelos invisíveis ou informais. Eram 26 milhões, mais 7 milhões e alguma coisa de MEIs. Essas pessoas sofreram muito e sempre foram a fonte primária de preocupação do presidente. O microcrédito está bastante avançado e até fim do ano devemos ter tudo preparado. Por ali é o caminho para que a gente possa atender mais 25, 26, 30 milhões. Então, para atender essas 58 milhões, teremos dois mecanismos diferentes: o novo Bolsa e o microcrédito. Até o final de janeiro devemos ter uma vacina e voltaremos ao normal."

ENTREVISTA COMPLETA AQUI:

https://youtu.be/FJT3-9ROiO4