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Onyx: Auxílio de R$ 300 será um "colchãozinho para mais quatro meses"

Datena

O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta terça-feira (1º) que o auxílio emergencial será prorrogado por mais quatro meses. As parcelas mensais passarão a ser de R$ 300, e não mais de R$ 600 como antes. Segundo o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, embora o valor tenha diminuído pela metade, o benefício seguirá sendo um "colchãozinho" para garantir a sobrevivência da população durante a pandemia.

Vale resgatar aqui a história do auxílio: o benefício foi criado em abril com o objetivo de ajudar desempregados e trabalhadores informais que foram afetados pela pandemia. Ele seria pago em três parcelas de R$ 600 e iria até julho, mas foi prorrogado pelo governo e ganhou mais duas parcelas de R$ 600. Agora foi mais uma vez estendido e será pago, com as parcelas menores, até dezembro.

"Já foram R$ 250 bilhões [a despesa do governo] com o auxílio dos últimos cinco meses. Com os próximos, serão mais R$ 77 bilhões. Estamos falando em R$ 330 bilhões no total! Olhando lá atrás, houve quase 4 mil municípios que se fecharam completamente por mais de 60 dias sem ter nem um caso de covid-19. E as 26 milhões de famílias que dependem do movimento das cidades para viver? Das vendas, do comércio? O auxílio acabou desempenhando esse papel (...). A grande maioria a gente conseguiu ajudar", disse ao Brasil Urgente.

"Fizemos um mutirão com os ministros para que o auxílio chegasse. Estamos pressionados por que temos que mandar o arquivo para a Caixa Econômica Federal até sexta para conseguir pagar a partir da semana que vem os R$ 300. É um momento difícil. O Renda Brasil, programa do governo que virá na sequência, será para mudar a realidade. Mas hoje a realidade é essa. Agora temos um colchãozinho para mais quatro meses até as cidades voltarem a funcionar. E eu continuo dizendo: o Brasil vai bombar no Natal."

O ministro adiantou também como ficará o calendário do pagamento do auxílio emergencial daqui para frente.

"Estamos correndo para entregar os arquivos certinho. Existe toda uma burocracia. Por exemplo, se a pessoa ganha R$ 150 do Bolsa Família, é preciso tirar do orçamento originário e buscar crédito extraordinário de mais R$ 150 para completar os R$ 300. Isso tudo tem que estar nos arquivos. Outra coisa: 75% dos quase 20 milhões beneficiários do Bolsa Família sacam o dinheiro. Não é crédito, não. É saque. Então precisamos preparar a Caixa com esse dinheiro. São 2,5 milhões de pessoas no mesmo dia indo lá. É um trabalho de organização bem complexo. O Banco Central tem que ajudar, a Caixa tem que prover. Mas graças a Deus as equipes estão trabalhando com humildade, fé e dedicação."

"Para o pessoal do Bolsa Família começamos a pagar na semana que vem. Até sexta-feira vamos projetar os pagamentos dos demais. Até sexta vamos anunciar, mas deve ser na sequência. Calculo inicialmente lá pelo dia 22 ou 23."

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