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O Jair e o Bolsonaro

Datena

Jair voltou! Quando nosso presidente Bolsonaro esqueceu um pouco o Jair, deixou de falar e pensar muito, e intervir no Supremo, a coisa andou. Subiu na pesquisa do Datafolha, diminuiu a rejeição e, na base da paz e amor, conquistou de novo corações.

Mas aí o Jair não aguentou e disse que tinha vontade de socar um jornalista da Globo. Não tenho nada a favor da Globo, mas, como jornalista, defendo minha classe. Mais do que isso, defendo a classe que um presidente tem que ter no pior momento da nossa história recente, e do mundo.

Gosto do Bolsonaro, mas não sou obrigado a gostar dos novos amigos do Jair, os da velha política de quem ele falou que jamais se aproximaria e está de braços dados. Estava indo tão bem no momento que o Brasil mais precisa. Equilíbrio para salvar feridos, chorar seus mortos e colocar comida na mesa do pobre. Isto o Bolsonaro acertou na mosca.

Não ouviu o Paulo "amigo do Jair" Guedes quando este queria pagar só R$ 300 para os sem comida. Pagou R$ 600, colocou mais duas parcelas e, mesmo pagando menos, vai ter auxílio emergencial até dezembro, enquanto o seu ministro queria CPMF, imposto. Aí quem acertou de novo foi o Bolsonaro.

Resta saber quem, no meio de tanta miséria, mortes e oportunismos, vai conduzir o Brasil? O Jair ou o Bolsonaro. Se for o segundo, tem meu apoio. Não é lá grande coisa, mas eu costumo entender o que o povo pensa dos políticos e, nesse caso, velho político é o Jair, o que arruela confusão e o que não sobe na pesquisa.

Não o Bolsonaro, que mesmo na Folha de S.Paulo, jornal que ele não gosta, tem seu maior índice de aprovação. Enfim, presidente, é melhor e mais fácil ficar do lado bom da história, e o senhor, católico como eu e com uma esposa evangélica, sabe que quem abraça o capeta, o demônio ou outros tantos nomes do mal, acaba queimado e numa bagunça dos infernos. Que DEUS nos proteja.

Este texto foi originalmente publicado no METRO JORNAL