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Abstenção pode definir eleição em SP, diz diretor do Paraná Pesquisas

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O diretor-presidente do Paraná Pesquisas, Murilo Hidalgo, explicou nesta sexta-feira (27) à Rádio Bandeirantes que o segundo turno da eleição municipal em São Paulo poderá ser definido pela taxa de abstenção.

O levantamento do instituto divulgado hoje mostrou que Bruno Covas, atual prefeito e candidato pelo PSDB, foi de 50% das intenções de voto para 47%. Já Guilherme Boulos, candidato do PSOL, subiu oito pontos de 31% para 39%.

"Bruno Covas apresentou uma curva estável em relação à nossa primeira pesquisa. Já o Guilherme Boulos mostrou uma curva ascendente. Precisamos ver aonde essa curva vai parar, ver se ela já chegou ao ápice ou se ela vai continuar crescendo até domingo [data da votação]. A meu ver, o que vai decidir a eleição em São Paulo é a taxa de abstenção", disse Hidalgo.

No primeiro turno, a abstenção bateu o recorde na capital paulista e chegou a 29%. O número acima do comum foi atribuído ao receio de parte da população, especialmente a parcela acima dos 60 anos de idade, em enfrentar eventuais aglomerações nas seções em meio à pandemia do coronavírus. Como a aprovação de Covas é maior nessa parcela, uma maior abstenção poderia favorecer Boulos.

"Outro detalhe é que historicamente o segundo turno tende a ter uma abstenção maior por não ter votação para vereador. Muitas pessoas gostam de votar para vereador porque ele pode ser um amigo, familiar, conhecido", explicou Hidalgo. "A eleição vai ser quente. Ainda teremos fortes emoções."