Candidato à prefeitura de São Paulo pelo PSD, Andrea Matarazzo disse hoje em entrevista na Rádio Bandeirantes que não acredita que o atual prefeito Bruno Covas (PSDB) será reeleito e nem que Celso Russomanno (Republicanos) será o novo mandatário da cidade, como sugerem as mais recentes pesquisas eleitorais.
"Pesquisa é um norte. Acredito que, assim como pesquisa eleitoral, a legislação favorece muito a reeleição e as celebridades, pela própria composição de tempos de TV. Quem aparece todo dia na televisão? O atual prefeito e os artistas. Quantas vezes você me viu na mídia nos últimos 5 anos? Provavelmente duas ou três. Eu não estou lá. Não tenho cargo público, ando pela cidade por conta própria. Fica claro nessas pesquisas que 60% ou 70% das pessoas não têm ainda em quem votar. Essas posições, Russomanno, Covas, Márcio França [PSB]... são típicas de 'recall'. Imagens lembradas porque são vistas toda hora."
"Não acredito [na reeleição do tucano] pelo resultado da cidade. A cidade está judiada, independente da pandemia (...). A pandemia apenas explicitou a mais pessoas os problemas graves de São Paulo de habitação, saneamento, desigualdades absurdas. Precisamos cuidar disso. Não fazer fonte luminosa no Anhangabaú, jogar dinheiro fora."
Matarazzo é cercado em Paraisópolis
Olha só o que o Matarazzo contou também. Recentemente, enquanto rodava por São Paulo, ele passou por apuros na comunidade de Paraisópolis, zona sul da capital, chegando a ser cercado por homens armados.
"Quando eu estive na prefeitura de 2005 a 2009 [secretário das gestões de José Serra e Gilberto Kassab], fizemos 320 mil habitações. Paraisópolis, por exemplo, é hoje metade urbanizada. Nós que fizemos. Mas fui outro dia tentar filmar isso, quatro semanas atrás. Cercaram meu carro armados e disseram que eu não entraria sem ordem do 'chefe'. Isso é grave. Como pode precisar de ordem do crime organizado?"
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