Notícias

Covas cita Marta Suplicy e tenta buscar apoio também de parte da esquerda

Datena

O atual prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), disse nesta segunda-feira (16) em entrevista à Rádio Bandeirantes que, para o segundo turno das eleições, buscará apoio de "bons nomes da esquerda, da direita e do centro". O tucano disputará o pleito daqui duas semanas contra Guilherme Boulos (PSOL). No primeiro turno, realizado neste domingo (15), Covas obteve 32,86% dos votos válidos, enquanto Boulos registrou 20,24% nas urnas.

"Vamos buscar todos os votos. O voto não é do candidato, o voto é do eleitor. Não tenho nenhum receio com isso. Fico feliz em ser o primeiro colocado em todos os cantos da cidade, mostrando que governamos para a cidade como um todo. Não focamos em um grupo político ou um grupo de apoiadores. Não há razão para buscar esse ou aquele. Buscamos o eleitor como um todo. Até porque a cidade tem que celebrar sua diversidade. Em respeito à diversidade, já no primeiro turno montamos um arco de alianças com pessoas ligadas à esquerda, como Marta Suplicy, e outras mais à direita. Vamos buscar ampliar esses apoios", disse Covas.

"Mas a gente quer músculo, não gordura. É nessa direção que vamos caminhar. Não há espaço para 'conversa torta'. Quem começa com insinuação, a gente já vira a página. Não vou falar do que deixou de acontecer, mas posso garantir que todos os aliados vieram porque acreditam na cidade de São Paulo. É natural, portanto, que estejam no governo. Não adianta eu achar que só as pessoas do meu partido prestam. Quero bons nomes da esquerda, da direita, do centro. Um governo que quer governar para todos precisa saber governar com todo mundo."

Marta foi prefeita de São Paulo entre 2001 e 2005 pelo PT. Embora seu atual partido, Solidariedade, tenha declarado apoio oficialmente a Márcio França (PSB), ela sinalizou que estava ao lado do tucano.

O prefeito Bruno Covas destacou ainda o fato de ter sido o candidato mais votado em todas as zonas eleitorais da capital.

"Esse resultado foi maravilhoso. Não apenas fui o mais votado na cidade, mas fui o mais votado em todas as zonas eleitorais. É a primeira vez que um candidato ganha em todas as zonas, desde o extremo sul, Parelheiros, até o fundão da zona leste, Cidade Tiradentes. Esse resultado me deixou muito feliz. Agora, no segundo turno, vamos continuar com a mesma estratégia: falar da cidade de São Paulo. As pessoas não querem estadualizar ou nacionalizar a disputa, querem discutir os problemas do medicamento no posto de saúde, do asfalto na rua, da vaga em creche. Foi uma estratégia vitoriosa, não há razão para alterar", afirmou.

CONFIRA A ÍNTEGRA: