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Doria diz que "não é hora de ir às praias" e pede aos prefeitos medidas mais restritivas

Datena

O governador de São Paulo, João Doria, está preocupado com as aglomerações registradas em praias brasileiras – incluindo no litoral paulista – nos últimos dias, em plena pandemia do coronavírus. Em entrevista na Rádio Bandeirantes, ele me disse que não é hora de ir para a praia e pediu aos prefeitos das cidades litorâneas que estabeleçam medidas mais restritivas se for necessário.

"Compete às prefeituras locais as decisões relativas a parques, praças, praias, calçadões. A determinação é municipal, cabe aos prefeitos. Foi triste ver aquela imagem de praias lotadas. Estamos diante de uma pandemia! As pessoas continuam sendo infectadas, as pessoas continuam morrendo. A letalidade ainda é alta no Brasil. Mais de 120 mil brasileiros já perderam a vida. Não é hora de ir para a praia, tomar sol, celebrar, tomar cerveja confraternizando com os amigos."

"Haverá esse momento. Todos gostam disso. Mas agora não é o momento. Seja em São Paulo, Rio de Janeiro, qualquer lugar. Orientamos ontem os prefeitos do litoral de São Paulo para que avaliassem procedimentos restritivos de acesso às praias para orientar a população. O estado estará à disposição para ajudá-los."

Mas a melhor decisão é de cada cidadão. Não podemos viver em um Estado policialesco com o prefeito de braços abertos impedindo as pessoas de se aproximar. É preciso ter consciência. Cada cidadão precisa ter consciência da própria vida.

Doria ressaltou também que a quarentena não acabou no estado de São Paulo - e nem vai acabar tão cedo.

"O pior só vai passar com a vacina. Depois que tivermos a vacina aplicada na imunização de todos os brasileiros. Em São Paulo, tudo correndo bem na terceira fase de testes da CoronaVac e na aprovação com a Anvisa, teremos as primeiras vacinas em condição de serem aplicadas em dezembro. Só depois disso vamos poder dizer que o pior já passou."

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Novamente citando as praias como exemplo, o governador falou ainda sobre a possibilidade de algumas cidades voltarem a ter medidas de deslocamento mais restritivas se os índices de contaminação voltarem a subir.

"O Plano São Paulo estabelece isso. É um plano flexível que pode avançar, estabilizar ou recuar. Nessa semana especificamente não houve mudanças no mapa. 16 regiões permanecem na fase amarela, incluindo a capital. Mas já tivemos mudanças de regiões da laranja para a vermelha, da amarela para laranja. Por isso o Plano é bem-sucedido e respeitado pelas autoridades médicas. Ele evolui e regride à medida em que as circunstâncias permitem."

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