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Freixo: "O crime organizado está de olho na eleição de 2022"

Datena

O deputado federal Marcelo Freixo disse nesta quarta-feira (16) à Rádio Bandeirantes que o crime organizado "está de olho nas eleições de 2022". Pré-candidato ao governo do Rio de Janeiro, o parlamentar afirmou que os estudos mais recentes apontam que mais da metade da capital fluminense é atualmente dominada pelas milícias, número que, dependendo dos resultados do pleito, pode aumentar e se dissipar a outros estados do país.

"Uma das cidades mais importantes do mundo é dominada pelo crime. Aí a polícia mata um líder miliciano e cria a narrativa de que resolveu. Sabemos que não resolveu. É negócio, interesse político (...). A milícia, além de envolver muito dinheiro, consegue dominar um projeto político de território. Tem candidato, faz campanha, elege. Tem projeto de poder", disse.

"Ela nasce dentro do Estado. A elite política corrupta do Rio, que sempre se utilizou da polícia para fazer política, gerou a milícia. O Rio é lugar onde eles não se separam mais. O comércio do gás, o transporte alternativo, o controle de internet, a regularização fundiária, tudo está na mão do crime (...). O Rio é lugar em que todos ex-governadores eleitos foram presos. Isso diz muito", completou.

Freixo anunciou na semana passada sua saída do PSOL, partido pelo qual era filiado desde 2005, para se filiar ao PSB. Nas redes sociais, afirmou que a "decisão foi longamente amadurecida" e que tem a certeza que "seguirá na mesma trincheira de defesa da vida, da democracia e dos direitos do povo brasileiro".

"O Rio chegou no limite, eu também. Meu nome está, sim, colocado à disposição da disputa [ao governo]. Não quero ficar sendo eleito deputado federal de novo, mais 4 anos. Acho que a situação não dá para assistir da varanda. Não sou herói, não acredito nesse papel, mas tem muita gente boa fazendo coisa boa no Rio e precisamos reunir todas elas para dar uma chance ao estado."

"Tem muita coisa em jogo em 2022 e o crime está de olho. No Rio de Janeiro isso é evidente. O crime tem projeto de poder e vai disputar. Por isso eu digo que a eleição no Rio é um debate da ordem. A ordem da lei ou a ordem do crime (...). E temos sinais de que esse projeto está se espalhando e pode chegar no Brasil inteiro. É bom deter agora."

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