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Onyx: Governo acionará PGR e CGU contra denúncias envolvendo a Covaxin

Datena

O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni, disse nesta quinta-feira (24) à Rádio Bandeirantes que, após ter acionado o Ministério da Justiça, o governo também acionará a Procuradoria-Geral da República (PGR) e a Controladoria-Geral da União (CGU) para que investiguem o que chamou de "fatos inverídicos" apresentados na quarta (23) pelo deputado Luís Claudio Fernandes Miranda (DEM-DF) em relação à Covaxin.

O parlamentar denunciou ontem que, em março deste ano, alertou o presidente Jair Bolsonaro e o então ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, sobre um suposto esquema de corrupção envolvendo a compra da vacina contra covid-19 do laboratório indiano Bharat Biotech. Segundo o deputado, o presidente da República respondeu que solicitaria à PF que apurasse os contratos.

Em seguida, em pronunciamento no Palácio do Planalto, Onyx rebateu alegando que não há qualquer irregularidade nas negociações do governo. "Deputado Luís Miranda, Deus está vendo. Mas o senhor não vai só se entender com Deus, mas com a gente também", disparou.

"Ontem o presidente enviou durante a tarde para o ministro da Justiça, Anderson Torres, através da comunicação de uma denúncia-crime, os fatos inverídicos relatados pelo parlamentar para que a Polícia Federal abra uma investigação. Hoje vamos apresentar à PGR e à CGU. Através de peritos, eles vão verificar a veracidade daqueles documentos", disse hoje Onyx, sugerindo que os papéis podem ter sido adulterados.

"Quero deixar claro que não houve superfaturamento nenhum. Não houve favorecimento a ninguém. Não foi gasto até hoje nenhum centavo público na aquisição dessa vacina (...). Isso surge de uma fantasia, não sei de que interesse. As investigações da PF, da PGR e da CGU vão apurar o interesse que levou Miranda e o irmão [a fazer a denúncia]", completou.

O irmão do deputado é Luís Ricardo Miranda, chefe de importação do Departamento de Logística do Ministério da Saúde. Ambos foram convocados e falam amanhã (25) à CPI da Covid sobre as declarações.

Questionado sobre uma eventual participação sua na comissão parlamentar de inquérito, o ministro Onyx Lorenzoni disse que não teria nenhum receio em também depor no Senado, caso seja convocado.

"O que sei é que o objetivo é atacar o presidente, mas quem faz as coisas direito não tem medo de nada. Isso é conversa de boteco (...). Uma grande traição. Eu considero uma honra ser chamado pelo Parlamento. Vivo dentro dele. Se for convocado, vou com tranquilidade."

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