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Orlando Silva: Russomanno é "candidato fake marionete de Bolsonaro"

Datena

Candidato à prefeitura de São Paulo pelo PCdoB, Orlando Silva acredita que o atual líder nas pesquisas eleitorais, Celso Russomanno (Republicanos), deve "perder terreno" no decorrer do processo. Em entrevista hoje na Rádio Bandeirantes, ele afirmou que o candidato apresenta uma "candidatura fake" e o chamou ainda de "marionete" do presidente da República, Jair Bolsonaro.

"Russomanno vai perder muito terreno. É uma candidatura fake. Ele não queria ser candidato e foi sacado da cartola pelo presidente Jair Bolsonaro, agora fica com essa conversinha de ser amigo do presidente. Como se orçamento público fosse partilha entre amigos. Cada vez que o vejo falar, lembro de um pastel de vento de feira. Não tem nada dentro. Nenhum conteúdo. Minha impressão, ainda que a campanha esteja fria, o embate vai sinalizar que ele representa absolutamente nada. É aquela imagem comum que a turma fala de 'parece, mas não é'. Ele tem a marca 'chama o Procon'. O apresentador Celso Russomanno seguramente chamaria o Procon para o candidato Celso Russomanno, porque é uma fraude. Isso vai gerar um novo cenário. A tendência é que ele derreta."

"Ele ocupa esse lugar de marionete do Bolsonaro. Por fora bela viola, por dentro pão bolorento. Na medida em que isso ficar nítido, ele deve desidratar."

A mais recente pesquisa Ibope, divulgada nesta quinta-feira, mostra que Russomanno lidera a corrida para a prefeitura da capital com 25% das intenções de voto, seguido de Bruno Covas (PSDB) com 22%, Guilherme Boulos (PSOL) com 10%, e Márcio França (PSB) com 7%. Jilmar Tatto (PT) registra 4%, e Orlando Silva aparece com 1%.

Conhecido por ter apoiado o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em ocasiões anteriores, Orlando Silva não nega que possui "admiração" pelo petista, mas tenta desvincular sua candidatura do nome dele, aproximando-se mais do atual governador do Maranhão, Flávio Dino, companheiro de partido.

"Lula foi alvo de uma campanha gigantesca para desmoralizá-lo, isso produziu uma rejeição relevante. Tenho para mim que ele foi um dos maiores presidentes da história do Brasil. Você pode gostar ou não, mas não tem como negar as realizações de seu governo. Considero que Lula tem seu papel e lugar na história. Mas vivemos hoje outro ciclo. O ano de 2018 encerrou o ciclo iniciado na luta pela redemocratização. A fase agora é de renovação política. Por isso o PCdoB apresenta sua candidatura, inspirado na experiência do governador Flávio Dino. A tendência é que novas forças se apresentem, novos nomes se apresentem."

"Vou lutar para ser o nome da esquerda no segundo turno. Não adianta termos um nome fácil de ser derrotado, escolhido pelo outro lado por ter um 'telhado de vidro' maior", concluiu, sem citar especificamente os nomes de Boulos e Tatto.

ENTREVISTA COMPLETA AQUI: