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Presidente do PSDB não descarta aliança com Ciro ou Huck na eleição de 2022

Datena

O presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, não descarta uma eventual aliança dos presidenciáveis do partido – os governadores João Doria (SP) e Eduardo Leite (RS) – com Ciro Gomes (PDT), João Amoêdo (Novo), Luiz Henrique Mandetta (DEM) ou Luciano Huck nas eleições de 2022. Todos assinam o "Manifesto pela Consciência Democrática" divulgado à imprensa nesta semana.

"Esse documento dá a primeira demonstração de que é possível dialogar e oferecer uma alternativa que fique fora dos extremos. O atual presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva são dois candidatos que polarizam a disputa, mas têm mais rejeição que apoio", disse Araújo à Rádio Bandeirantes nesta sexta-feira (2).

"Independente do mérito do documento, fica o mais importante: a sinalização da possibilidade de juntar, unir e dialogar. É possível, sim, Doria, Leite, Ciro, Mandetta, Amoêdo [se unirem]. É possível. O momento demonstra a possibilidade de resguardar as divergências e construir convergências, apresentar uma alternativa forte e consistente que atraia parte do eleitorado brasileiro que rejeita os dois lados. Não vamos impor prato feito a ninguém. Vamos trabalhar para que haja um consenso que permita que esse candidato esteja no segundo turno para derrotar Bolsonaro ou Lula", completou o presidente do PSDB.

Araújo ainda elogiou Ciro Gomes, "um brasileiro brilhante, preparado e com espírito público", ressaltando que as divergências entre eles são "mais em relação ao temperamento que ao compromisso com o país".

O "Manifesto pela Consciência Democrática" começa lembrando do movimento "Diretas Já" e da promulgação da Constituição em 1988 para afirmar que "três décadas depois, a Democracia brasileira é ameaçada".

"Exemplos não faltam para nos mostrar que o autoritarismo pode emergir das sombras, sempre que as sociedades se descuidam e silenciam na defesa dos valores democráticos. Homens e mulheres desse país que apreciam a LIBERDADE, sejam civis ou militares, independentemente de filiação partidária, cor, religião, gênero e origem, devem estar unidos pela defesa da CONSCIÊNCIA DEMOCRÁTICA. Vamos defender o Brasil", diz o texto.

Ontem (1), em entrevista ao É da Coisa da BandNews FM, o ex-presidente Lula comentou a união dos seis nomes. "Sou favorável e aplaudo qualquer manifesto que defenda a democracia, agora todos esses tiveram a chance de garantir a democracia votando no Haddad. Essa gente preferiu votar no Bolsonaro", disse.