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Anvisa: Pfizer pode pedir autorização para uso emergencial no Brasil "a qualquer momento"

Datena

O presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, disse nesta quinta-feira (3) à Rádio Bandeirantes que acredita que a farmacêutica norte-americana Pfizer pode pedir autorização para uso emergencial de sua vacina contra covid-19 no Brasil "a qualquer momento".

"Por enquanto ainda não houve nenhum pedido. Ontem eu soube pela imprensa que a Pfizer teria manifestado vontade. Não será nenhuma surpresa se recebermos um pedido de submissão de documentos para analisar essa possibilidade. Pode acontecer a qualquer momento", declarou.

Na quarta (2), o governo do Reino Unido anunciou que a agência reguladora local aprovou o imunizante da Pfizer, desenvolvido com o laboratório alemão BioNTech, para uso emergencial e deve começar a aplicá-lo já na próxima semana.

No mesmo dia, a Anvisa divulgou um guia para que as empresas desenvolvedoras solicitem o uso emergencial também no Brasil. Segundo Torres, o guia mostra uma "sequência de eventos a serem cumpridos" para que as interessadas recebam autorização para esse tipo de uso.

"É importante destacarmos que esse uso é restrito, não é para vacinação em massa, não é para qualquer faixa etária ou para qualquer grupo profissional. Ele possui uma característica muito fechada. Não há que se falar em uso emergencial em vacinação em massa. Ontem o primeiro-ministro britânico colocou isso em seu discurso de maneira clara. Trata-se de uma questão para uso pontual. O laboratório que desejar, observar o guia e entender que tem condição de atendê-lo poderá se submeter à nossa análise", explicou.

"Outra coisa é o mecanismo de registro. Um não anula o outro. Acredito que, mesmo com autorização para uso emergencial, as empresas continuarão batalhando pelo registro. Esse, sim, é a certificação que permitirá a comercialização e a inclusão em programas nacionais de imunização."