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Bolsonaro com coronavírus: doença não escolhe classe social, mas mata mais pobres

Datena

Fiquei sabendo que nosso companheiro de Rádio Bandeirantes, o jornalista José Paulo de Andrade está com coronavírus. E o assunto do dia sabemos qual é: o Bolsonaro testa positivo para Covid-19. É claro que torço pela recuperação dos dois e pra falar a verdade, acho até que o Bolsonaro já teve essa doença, circulando pelo povo sem máscara. Se tem uma coisa que a história ensinou, é que gripe mata presidente também. Basta lembrar a gripe espanhola no Brasil. Mas é preciso ressaltar que, embora o vírus não escolha classe social, ele mata mais pobre.

Mata mais pobre simplesmente porque o Brasil fornece menos cuidados de saúde para quem não tem dinheiro. O país sempre foi isso que a Covid está mostrando. Só que agora mais pessoas estão sentindo a realidade que sempre reinou por aqui: sem emprego, sem ter o que comer, sem perspectiva. 

Falei aqui no blog sobre a subnotificação dos números de Covid pelo mundo. A conta é bem simples, se não há teste, não tem como saber a quantidade de infectados, mas com certeza esse número é maior do que o que sabemos. Principalmente no Brasil, acho difícil que alguém não pegue coronavírus em algum momento, porque é um país sem regra, onde não se cumpre o que é determinado e onde os próprios líderes não cumprem aquilo que deveria servir de exemplo. 

A periferia não fechou por nenhum momento e ninguém se preocupou com quem está por lá. Foi tudo largado ao Deus-dará, essa é que é a verdade. Essa é uma doença que nos fez enxergar como o mundo é um lugar horrível de se viver. E o Brasil sempre esteve mal das pernas, muito antes da pandemia. 

Nos resta esperar por uma vacina. Falei sobre isso com o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas: