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David Uip sobre segunda onda de covid-19: "Quem disse que acabou a primeira?"

Datena

O infectologista David Uip, integrante do Centro de Contingência do Coronavírus de São Paulo, acredita que, embora alguns países europeus estejam alertando para uma segunda onda da covid-19, não é hora de falar sobre isso no Brasil. "As pessoas me perguntam sobre segunda onda. Eu respondo: quem disse que acabou a primeira?", questionou hoje em entrevista na Rádio Bandeirantes.

"Temos números altos de infectados e mortos da primeira onda. Então, segunda onda, na minha leitura... as coisas vão ficar emendadas. E temos um problema sério: a autoridade pública faz a política e estabelece os critérios, mas parte disso é de responsabilidade da população, que precisa entender que ainda estamos em um momento difícil e acatar. O que vejo é que estamos em fase de redução de danos. O que é essa redução de danos? Tentar diminuir o número de mortos, visto que o número de infectados continua evoluindo."

Uip também reafirmou que houve aumento no número de contaminados pela covid-19 no estado após os finais de semana de lotação nas praias do litoral paulista e cobrou mais responsabilidade da população.

Na semana passada, já havia sido informado que, na baixada santista, até dia 22, foi registrado um aumento semanal de 35% no número de casos (nos últimos sete dias em comparação aos sete dias anteriores) e de 61,4% no número de óbitos. Na capital, o aumento do número de casos foi de 1,5% e o número de óbitos registrou queda de 22,7%.

"Houve aumento, sim. As pessoas se expuseram. É compreensível estarmos saturados da quarentena, mas a pandemia não acabou. Especialmente os jovens. Festas em diversos lugares, multidões, pessoas sem máscaras. O jovem entende que, por ser um indivíduo saudável, não corre riscos. Primeiro que corre. Segundo que, além de correr, ele pode transmitir a doença para os familiares. É o que está acontecendo", explicou Uip.

ENTREVISTA COMPLETA AQUI: