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Em cenário otimista, ButanVac pode estar disponível no final do ano, diz diretor do Butantan

Datena

Ao comentar o desenvolvimento da ButanVac, vacina nacional contra a covid-19, o diretor médico de pesquisa clínica do Instituto Butantan, Ricardo Palácios, disse que o cenário mais otimista aponta para o imunizante aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e disponível para aplicação "nas últimas semanas deste ano". Caso haja alguma "resposta inadequada", o processo pode ser prolongado por mais seis meses.

"Nossa obrigação, como cientista, é uma obrigação de meio, não de resultado. Nós vamos empregar todos os meios possíveis para termos resultados o mais cedo possível. O que podemos traçar são cenários. No cenário otimista, se tudo der certo, sem problemas de percurso, tudo perfeito, talvez tenhamos uma resposta concreta [sobre a ButanVac] nas últimas semanas do ano ou no começo do ano que vem. Se não sair tão bem, tivermos problemas de percurso, como uma resposta inadequada do candidato a imunizante perante as variantes, terão que ser feitas modificações que podem prolongar por mais seis meses", disse nesta quinta-feira (22) à Rádio Bandeirantes.

O diretor explicou que a ButanVac já está sendo produzida pelo instituto e que os primeiros lotes serão utilizados exclusivamente para os estudos clínicos, assim que eles forem autorizados pela Anvisa. O pedido para iniciar os testes em humanos foi protocolado na agência no dia 26 de março. Na ocasião, a Anvisa afirmou, em nota, que irá analisar "a proposta do estudo, o número de participantes e os dados de segurança obtidos até o momento nos estudos pré-clínicos realizados em laboratório e animais" para concluir pela autorização ou não.

"Todas as nossas informações já foram encaminhadas à Anvisa junto com o protocolo de estudo clinico. Acredito que vamos fazer o estudo em breve. Esse é um produto 100% de produção nacional, do começo ao fim. Temos uma vantagem e um desafio. A vantagem é que já aprendemos muitas coisas desde o início da pandemia, agora está mais fácil do que quando começamos a desenvolver a Coronavac, por exemplo. O que dificulta é a situação das variantes. O desenvolvimento é mais rápido, mas temos que levar em consideração como as variantes podem afetá-lo. É o desafio em que estamos trabalhando neste momento. Queremos entregar um produto final certificado para funcionar contra as variantes e não só a cepa original do coronavírus."

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