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São Sebastião recebe medicamentos para intubação para mais 10 dias

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Foto do Hospital de Campanha de Heliópolis, na inauguração em maio
Foto do Hospital de Campanha de Heliópolis, na inauguração em maio

O prefeito de São Sebastião, Felipe Augusto (PSDB), disse nesta segunda-feira (22) à Rádio Bandeirantes que algumas unidades de saúde da cidade do litoral paulista ficaram nesta madrugada sem estoque de medicação para intubação, devido à alta de pacientes internados com covid-19, e receberam uma nova leva de urgência. O prefeito já havia adiantado o problema no sábado (20).

"Quando o paciente entra em estado grave é necessário que seja colocado em coma induzido, uma sedação forte, para que não fique 'brigando' com o respirador. O médico o coloca em estado de coma induzido, faz a intubação e o respirador assume a respiração do paciente. Caso falte esse sedativo, o paciente, voltando à luz, poderá entrar em surto psicótico, o que é muito traumático", explicou.

"A situação é extremamente crítica. Há mais de 10 dias informamos as autoridades sobre a falta desse medicamento para sedação. No fim de semana começamos a zerar os estoques. Alguns hospitais já não têm mais. As distribuidoras alegam falta de matéria-prima (...). Chegamos à beira de zerar, mas conseguimos receber do governo do estado mais 100 doses, nos dando mais 10 dias de alívio", completou o prefeito de São Sebastião.

Mesmo com o sistema de saúde local à beira do colapso, Felipe Augusto não se arrepende de não ter decretado medidas mais restritivas no início da pandemia do coronavírus e durante o ano de 2020.

"Não me arrependo nem tenho compromisso com erro. A pandemia adotou um novo status, claramente há uma nova cepa por aqui. No primeiro momento, a pessoa chegava em estado grave lá pelo décimo dia. Ainda tinha a possibilidade de tratamento. Neste momento, a pessoa com 2 ou 3 dias de sintomas já chega muito mal e às vezes com necessidade imediata de intubação. Nunca tínhamos visto isso. Vemos crianças se contaminando também, hoje temos duas internadas em situação de emergência. Muitos paciente abaixo de 50 anos sem comorbidades. Claramente a cepa P1 está [em São Sebastião], ainda que o Instituto Adolfo Lutz não tenha confirmado. É uma nova pandemia em andamento."

Atualmente a cidade não está em lockdown, mas adotou algumas restrições, incluindo barreoras sanitárias e fechamento de praias.

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