O secretário municipal de Saúde de São Paulo, Edson Aparecido, disse nesta quarta-feira (7) à Rádio Bandeirantes que a pasta investiga 968 pessoas que podem ter tomado vacinas contra covid-19 da AstraZeneca vencidas em postos da capital e adiantou que, em um primeiro momento, o erro parece ter sido apenas no sistema de cadastro online.
"Na sexta-feira levantamos os nomes, endereços e telefones dessas 968 pessoas e iniciamos visitas a elas para confirmar, no cartão de vacinação, se havia algum delay entre a data da vacinação e a data que a informação foi colocada no sistema. Estamos até agora nos números preliminares", explicou o secretário.
"Se isso se confirmar, teremos apenas um hiato, não um problema de vencimento. Estamos ainda visitando. Pedimos para que as pessoas fiquem tranquilas, vamos procurar todas e depois tomar uma decisão junto ao Ministério da Saúde. Felizmente, até agora, pelos nomes que já visitamos na segunda e na terça, parece ser só um hiato", completou.
A suspeita de aplicação de vacinas vencidas foi levantada pelo jornal "Folha de S. Paulo". Segundo a reportagem, os registros oficiais do Ministério da Saúde mostravam que pelo menos 26 mil doses vencidas teriam sido aplicadas em diversos postos de saúde do país.
Depois da publicação, a secretaria estadual de Saúde de São Paulo informou que, através da plataforma VaciVida, sistema online que permite o monitoramento dos vacinados, foram identificados 4.772 registros em 315 municípios que sugeriam aplicações após o vencimento. Todos os casos estão sendo analisados pelas respectivas prefeituras.
Variante delta em São Paulo
Na última segunda (5), a secretaria informou que detectou em um homem de 45 anos o primeiro caso da variante delta da covid-19, a "cepa indiana", na capital. O paciente, a esposa e os filhos cumprem quarentena e são acompanhados pelas autoridades sanitárias.
Até amanhã, de acordo com Edson Aparecido, a pasta terá mais informações para determinar se houve transmissão comunitária, aquela quando a circulação do vírus acontece entre pessoas que não viajaram, não sendo possível rastrear a origem.
"Aparentemente nem o paciente nem as pessoas com quem ele teve contato viajaram para fora ou tiveram contato com alguém que viajou. Até amanhã possivelmente, se confirmarmos que não houve esse contato, confirmamos a transmissão comunitária."
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