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"Já me acostumei", diz Lincoln Gakiya, promotor mais uma vez ameaçado pelo PCC

Datena

Na última semana, a polícia apreendeu uma carta na Penitenciária 1 de Presidente Bernardes, em São Paulo, que revelou novos planos do PCC para assassinar o promotor de Justiça Lincoln Gakiya. Vocês que nos acompanham já sabem: ele é alvo da facção criminosa há alguns anos. Agora, porém, a execução seria planejada especificamente como retaliação por uma recente transferência de líderes da quadrilha para presídios federais.

A carta encontrada nas roupas de um preso seria repassada a outros criminosos que ficariam responsáveis por mandar a informação para as ruas. No texto, eles tratam o promotor pelo nome "Lincon" e por apelidos como "japoneis" e "tirano".

"Realmente é isso. Na semana passada foi apreendida essa carta com esses dizeres cobrando minha morte. Essas ordens, nós sabemos, saíram da penitenciária federal de Brasília, onde estão Marcola e as demais lideranças que encaminhei para lá em fevereiro do ano passado. De lá para cá, venho sofrendo sucessivas ameaças. O que eles temem não é mais um processo. Alguns têm mais de 300 anos de cadeia para cumprir. Eles temem o isolamento. Mas todos que forem surpreendidos com planos desse tipo serão isolados e encaminhados ao sistema federal", disse Gakiya ao Brasil Urgente de hoje.

"Até me acostumei. Atuo há 15 anos combatendo o crime organizado. Mas de uns dois anos para cá a coisa se agravou. Fico entristecido pela minha família, que não tem uma vida social tranquila", completou.

Obviamente, Gakiya é protegido por um forte de esquema de segurança feito por grupos de elite da Polícia Militar. Mesmo com as ameaças, segue trabalhando no combate ao crime organizado.

"Tenho todo o apoio do comando da PM. Disponho de uma escolta bastante reforçada. A gente tem confiado e investido no nosso sistema de inteligência, no Ministério Público, na Polícia Militar, na Polícia Civil e no DEPEN e sobretudo na participação da Secretaria de Administração Penitenciária. Esses valorosos agentes são nossos olhos e têm nos ajudado muito nos antecipando esses planos", afirmou. "Vamos continuar atuando fortemente no combate a essa facção e a outras que se estabeleceram em São Paulo."

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