Lembra que entrevistamos recentemente aqui no blog Ricardo Nascimento de Mello Araújo, novo diretor-presidente da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), e ele falou sobre os crimes que ocorrem livremente por lá, como tráfico de drogas e prostituição? Conversamos com o ex-comandante da Rota nesta quinta-feira (12) mais uma vez e ele fez uma nova denúncia.
Segundo o presidente da companhia, foram identificados diversos contratos com irregularidades, muitos deles ligados a empresas que financiam campanhas políticas em São Paulo. A informação é exclusiva do Brasil Urgente.
"Isso será investigado pela Polícia Federal. Eu, com minha experiência na polícia, tenho convicção que sim. Vamos chegar ao 'pai da criança'. Com certeza terá um final como esse. Infelizmente é a realidade da Ceagesp. Uma delas é uma excelente empresa. Infelizmente tem poucas pessoas, uma minoria, colocadas ali por alguns maus políticos, bandidos disfarçados de políticos, que se utilizam desse artifício para arrecadar dinheiro", disse.
De acordo com Mello Araújo, muitos contratos da Ceagesp são emergenciais, e as licitações costumam durar de 6 a 7 meses.
"Uma licitação não pode demorar tanto. Analisamos a fundo um desses contratos emergenciais, por exemplo, referente a mão-de-obra, e identificamos que o valor não mudava conforme o número de trabalhadores", contou.
"Para 50 pessoas trabalhando na função, o valor era de R$ 860 mil. Para 100, o valor era o mesmo. Para 10, o mesmo. Nunca mudava. Percebemos que existe algo errado nisso. Estamos certificando tudo para enviar os documentos ao Ministério Público Federal, à Polícia Federal e à nossa auditoria interna. Existem indícios de crime. Com nossa experiência, fica claro que há algo de errado. Não é normal. Estou pegando o ano inteiro dessa empresa, mês a mês do contrato emergencial, e vou encaminhar aos órgãos para que apurem."
Mello Araújo, coronel da reserva da Polícia Militar de São Paulo e ex-comandante da Rota, foi indicado pelo presidente Jair Bolsonaro e assumiu o cargo na Ceagesp no último mês de outubro.
CONFIRA A DENÚNCIA:
