Notícias

Ministra Damares se solidariza com Dani Calabresa: “Que a justiça aconteça no seu caso”

Datena

Atriz denunciou que foi vítima de assédio sexual
Atriz denunciou que foi vítima de assédio sexual

Em entrevista ao Manhã Bandeirantes, da Rádio Bandeirantes, Damares Alves, ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, enviou uma mensagem a Dani Calabresa, atriz e humorista que denunciou recentemente o colega Marcius Melhem por assédio sexual.

“A Dani é uma atriz incrível, linda e que nos faz rir. Ficamos tristes com a notícia daquele ser desprezível, que é o que digo do outro ator. Claro que o que ela sofreu nenhuma mulher merece sofrer. Ficamos tristes aqui no ministério pelo que houve”, afirmou Damares, ressaltando, porém, que ficou satisfeita com a “reação da sociedade” e que a “indignação tomou conta”.

Damares disse que o ministério e a secretaria da mulher acompanham o caso de Dani Calabresa, como qualquer outro de agressão à mulher, e mandou uma mensagem para a atriz. “Quero deixar publicamente minha declaração de carinho e de solidariedade. Obrigada pela sua coragem, que inspirou muitas mulheres a também denunciarem. Não pude abraçar ou ligar para ela. A classe artística tem uma resistência a mim, então não ligo nestes casos. Mas fica o meu carinho, seja forte e que a justiça seja feita no seu caso”, completou a ministra.

Na entrevista, Damares Alves também falou sobre as medidas do ministério no combate à agressão contra a mulher. Os dados mostram que o crime aumentou muito durante a pandemia e as medidas de isolamento social. “Deixamos agressor e vítima dentro de casa. A violência explodiu em março em abril. Algumas tiveram medo de denunciar por achar que nossa rede não funcionaria na pandemia, mas ficou em pleno funcionamento. As mulheres perceberam que o estado cuidaria e as denúncias subiram de forma absurda”.

Segundo ela, o desafio é fazer com que as denúncias aumentem também longe dos centros urbanos. “Queremos levar a Maria da Penha para a floresta, onde a agressão é subnotificada. Que a Maria da Penha vá à aldeia, vá à escola. E ano que vem vamos levar à roça. Vamos alcançar todas as mulheres. Longe dos centros, sem aplicativo ou o telefone, algumas até se acomodam porque acham que isso é cultural. Minha mãe apanhou e é normal. Não, não é normal. Vamos buscar as mulheres que não estavam sendo vistas”, concluiu.

Veja a conversa com a ministra: