Notícias

Ministro prevê normalização no Amapá em 10 dias e diz que empresa responsável pode perder concessão

Datena

O Amapá chegou nesta segunda-feira (9) ao sétimo dia de apagão. O ministro de Minas e Energia, Almirante Bento Albuquerque, disse em entrevista à Rádio Bandeirantes que a pasta prevê a normalização do abastecimento de energia elétrica no estado em cerca de 10 dias e afirmou que, caso as investigações comprovem a responsabilidade da Isolux, concessionária responsável pela subestação, a empresa pode ter a concessão cassada.

Quase 90% da população do Amapá ficou sem energia na última terça (3), quando um incêndio atingiu a principal subestação do estado (cuja responsabilidade é da Isolux). No sábado (7), parte do fornecimento foi restabelecido em 13 dos 16 municípios. Para que todas as regiões possam ter energia em pelo menos algum momento do dia, a Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) fixou um rodízio de abastecimento de 6 em 6 horas.

"Desde a madrugada de sexta-feira, o abastecimento de energia elétrica vem sendo retomado gradualmente. Hoje o Amapá está com 70% de abastecimento. É importante destacar que os serviços essenciais, como hospitais e todos os serviços de saúde, ficaram mantidos durante todo o tempo por meio de geradores termelétricos, assim como os aeroportos. Estamos trabalhando para que o estado retome o reabastecimento em 100% nos próximos 10 dias", disse o ministro.

"O que ocorreu está sendo investigado. Serão definidas as causas e as responsabilidades para que isso não venha a se repetir. O que ocorreu no Amapá é inadmissível e inaceitável. Não é possível que um estado ligado ao Sistema Interligado Nacional leve tanto tempo para ter a energia restabelecida. Isso mostra uma falha que está sendo apurada", completou. "A empresa pode ter a concessão cassada. A Aneel está apurando."

O ministro lembrou que o único estado que ainda não é ligado ao Sistema Interligado Nacional é Roraima, que deve entrar "nos próximos dois ou três anos". O Amapá foi ligado em 2014. "Esse foi o primeiro incidente dessa natureza que ocorreu. De qualquer forma, é inaceitável e inadmissível."

CONFIRA A ENTREVISTA NA ÍNTEGRA: