“Frota em São Paulo será 8% menor”, diz a manchete. Eu queria entender por que reduzir a quantidade de ônibus na cidade de São Paulo. A justificativa é que a frota está ociosa, mas como, se tem gente andando por tudo quanto é lugar?
Você que pega ônibus, me diga: está conseguindo ir sentado? Mesmo assim, a quantidade de ônibus circulando é reduzida. Desde quinta-feira (25) cerca de mil coletivos deixaram de rodar por aqui, com a circulação total caindo de 92% para 84%. Não se chega a um consenso em relação ao transporte público. Com certeza não tem só gente sentada nos ônibus, como foi determinado no começo do mês para evitar aglomeração. Não é possível, já que o transporte coletivo é um dos meios que mais contamina as pessoas.
É comum me perguntarem se sou a favor ou contra essas dezenas de medidas que vêm sendo feitas em relação ao transporte nesta pandemia. Sou favorável às pessoas serem carregadas com dignidade e não como gado. Não entendo. Entra e sai gestão, licitações são abertas e continua a mesma coisa: ônibus atrasados, metrô que liga nada a lugar nenhum, as pessoas não conseguem ser transportadas com dignidade.
E numa pandemia, isso, além de falta de dignidade, é falta de saúde pública.
Todo domingo eu comento os principais acontecimentos da semana no FALA, DATENA. Acompanhe:
