Notícias

Abacaxi

Datena

Os impostos que vão ser cobrados dos pequenos e médios produtores sobre fertilizantes, que antes não eram taxados, vão chegar à sua mesa.

É o que diz Mello Araújo, ex-Rota, hoje no comando da Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo), que já denunciou crime organizado na empresa que movimenta R$ 11 bilhões por ano, menos apenas que a bolsa de valores em São Paulo.

Desde de venda de drogas a rifas, jogo do bicho e prostituição, o comandante está mesmo atrás de contratos milionários que indicam uma enorme corrupção verde no maior centro hortifrutícola do Brasil – e talvez mesmo da América Latina. Contratos já foram revistos em apenas três meses e já representam uma economia de mais de R$ 1 milhão por mês.

Fora a denúncia de provável participação política num esquema de estacionamento criminoso. Em todo lugar – um shopping, por exemplo – funciona assim: a empresa fica com 70% e a administração do estacionamento fica com os outros 30%. Isso num universo de R$ 2 milhões por mês.

Segundo Mello, tem gente grande envolvida. E para reforçar esse combate aos bandidos, ele conta com o apoio do presidente da República e agora também com o do ex-secretário da Segurança Pública do estado, Antônio Ferreira Pinto. Doa a quem doer, e vai doer, o abacaxi do crime vai ser descascado. Malandro vai chupar manga na cadeia.

Este texto foi originalmente publicado no METRO JORNAL