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Neymar é mais um entre milhões de brasileiros que brincam com a covid-19

Datena

Não é de hoje que eu falo: às vezes parece que nós, brasileiros, vivemos em outro planeta. Nos Estados Unidos, maior potência do mundo, mais de 3 mil pessoas morrem por dia vítimas da covid-19. Ao mesmo tempo, uma nova cepa do coronavírus se espalha na Europa, sendo que ninguém sabe muito bem se as vacinas já disponíveis funcionam para preveni-la. E o que acontece no Brasil? Praias lotadas. Bares cheios. Festas acontecendo livremente – desde o baile funk até a balada de bacana. Por aqui, Neymar é só mais um.

Vocês devem ter visto, já que é o destaque do dia em jornais renomados do mundo todo: o camisa 10 do Paris Saint-Germain organizou uma imensa festa de Réveillon de 5 dias em Mangaratiba, no Rio de Janeiro. Inicialmente foi noticiado que haveria 500 convidados, depois o número caiu para ainda inacreditáveis 150.

O que esperar de um país em que um governador decreta bandeira vermelha, proibindo todos os serviços não-essenciais de funcionarem no final do ano, e em seguida viaja para Miami?

É claro que, tendo a visibilidade de um dos maiores esportistas da atualidade, Neymar precisa, sim, dar exemplo. Mas ele é apenas mais um entre milhões de brasileiros que não estão acreditando que o mundo que nós conhecíamos acabou. É mais um entre milhões que estão brincando com a doença. É mais um reflexo do negacionismo que começa com o presidente da República falando que "não está nem aí" com a vacinação e passa por governadores e outros políticos que de "foco em ciência" não têm nada. Essa é a grande realidade.

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