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Covas prega "pé no chão", Boulos fala em "esperança" e França cita reviravoltas em pesquisa de 2018

Datena

A pesquisa Ibope divulgada nesta segunda-feira (9) mostrou uma mudança no cenário das intenções de voto para a prefeitura de São Paulo. Enquanto Bruno Covas (PSDB) segue isolado na liderança, Guilherme Boulos (Psol) aparece pela primeira vez em segundo lugar, seguido por Celso Russomanno (Republicanos) e Márcio França (PSB). Em entrevista à Rádio Bandeirantes, o atual prefeito pregou "cautela e pé no chão" e disse que "pesquisa não substitui eleição".

"Pesquisa não substitui eleição. Só no domingo as pessoas vão efetivar seus votos e podem ocorrer mudanças de última hora. Vamos aguardar os resultados. Não existe isso de 'já perdeu' ou 'já ganhou' (...). Pé no chão e cautela", declarou Covas.

A pesquisa Ibope divulgada pela Globo e pelo jornal O Estado de S. Paulo mostrou Covas com 32%, Boulos com 13%, Russomanno com 12% e França com 10%.

Boulos também falou que "eleição só se define depois que se abrem as urnas", mas afirmou que estará no segundo turno. "Surpreendeu muita gente estarmos em segundo lugar na pesquisa, à frente do Russomanno numericamente e com o França caindo. Eu tenho 17 segundos na TV. É uma batalha de Davi contra Golias. Não tenho 'máquina', como o governo e a prefeitura, não tenho grana de grandes empresários, fazemos uma campanha na raça como há muito tempo não se fazia. Estamos mobilizando a esperança. No próximo domingo vamos ao segundo turno e temos condições de ganhar."

França, por sua vez, lembrou das pesquisas realizadas no pleito de 2018, quando ele disputou vaga ao governo de São Paulo e acabou perdendo para João Doria. Na época, os levantamentos mostravam uma possível vitória do então candidato Paulo Skaf (MDB), que não chegou nem mesmo ao segundo turno.

"No dia 06/10 da eleição passada, o resultado mostrava Skaf com 32 pontos, Doria com 30 e eu com 18. Quando abriram as urnas, ganhei do Skaf. Pesquisa reflete um instante, mas as pessoas não seguem aquilo milimetricamente. Meu voto é popular, da periferia. Lá os eleitores nem sabem quem são alguns candidatos. Nosso tracking mostra que estamos pau a pau", disse. "E temos que lembrar que Boulos tem defesas mais radicais. Pode ser moderno, mas é extremo (...). Nós estaremos no segundo turno."

Russomanno elogia Bolsonaro

Celso Russomanno, por sua vez, acredita que a presença do presidente Jair Bolsonaro em sua campanha pode ajudar a levá-lo ao segundo turno.

"A pesquisa é pulverizada. Temos algumas na periferia e lá estou muito forte. Acredito nisso. Vamos ao segundo turno graças ao pessoal de mais baixa renda, para quem eu sempre trabalhei. Estou muito feliz com os resultados. Temos pesquisas regionalizadas, nas pontas da cidade, e estou confiante nesse público, nesse eleitor", afirmou.

"O presidente Bolsonaro já tinha entrado na nossa campanha, seguramos a participação dele nas peças para este último momento. Nós precisamos do governo federal para sair da pandemia, precisamos do dinheiro do governo federal para investir. E o presidente é forte. Se não fosse o governo, não tinha auxílio emergencial, não tinha dinheiro para covid-19."

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