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Prefeito de Curitiba: aplicação da CoronaVac só acontecerá após aprovação da Anvisa

Datena

O prefeito de Curitiba, Rafael Greca (DEM), confirmou nesta terça-feira (8) em entrevista à Rádio Bandeirantes que pretende comprar doses da CoronaVac, vacina contra a covid-19 desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo. Segundo ele, no entanto, a aplicação em massa na cidade dependerá da aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

"Todos os governantes estão angustiados com a perspectiva de libertar o Brasil dessa provação chamada coronavírus. Ninguém aguenta mais. Escolas fechadas, polícia reprimindo festas... conversei com o João Doria [governador de São Paulo pelo PSDB] informalmente para perguntar se as vacinas CoronaVac seriam disponibilizadas para outras cidades do Brasil. Ele disse que, se a Anvisa permitir, ele vai disponibilizar. Fiquei entusiasmado", disse o prefeito.

"Mas a responsabilidade será sempre da Anvisa. Não vou me atrever, engenheiro que sou, em discutir farmácia, biotecnologia. Quem tem que conduzir esse debate são os doutores da Anvisa e das agências reguladoras mundiais", completou.

Greca adiantou nesta segunda (7), logo após a divulgação do plano de vacinação de Doria, que pretende adquirir doses da vacina e, se possível, iniciar o plano de vacinação em Curitiba juntamente com o da capital paulista, em 25 de janeiro, com prioridade para os profissionais de saúde.

A imunização, porém, depende de autorização da Anvisa. Depois da coletiva de imprensa de Doria, a agência publicou nota alegando ser impossível avançar com o processo sem ter os dados da fase 3 dos estudos clínicos.

Durante a entrevista, o prefeito ressaltou ainda que manifestou interesse em adquirir não apenas a CoronaVac, mas qualquer vacina que seja eventualmente aprovada, para aplicação em massa em Curitiba.

"Antes que o governo federal lance o plano nacional de imunização (e tem que lançar), renovo meu interesse em adquirir a vacina do Butantan – e todas as outras que forem disponibilizadas (...). O pessoal contrário ao Doria começou a dizer que a vacina era chinesa. Aí fui pesquisar. A vacina de Oxford também está sendo inspecionada na China. Na verdade, todas as tecnologias de farmácia do mundo passam pela China ou pela Índia. Meu partido não é de vacina chinesa, vacina do Doria, do ministro Pazuello ou do presidente Bolsonaro. É de Curitiba."

De acordo com ele, Curitiba está atualmente com 94% dos leitos de UTI do SUS ocupados com pacientes infectados pela covid-19, e o índice de contaminação subiu, após as eleições, de 1 para 1 a 1 para 3,5.