O candidato do Patriota nas eleições municipais de São Paulo, Arthur do Val, não apoiará Bruno Covas (PSDB) nem Guilherme Boulos (PSOL) no segundo turno realizado daqui duas semanas. Embora considere Boulos um "invasor de propriedades", ele acredita que Covas "não é merecedor de nenhum aceno".
No primeiro turno do pleito, Arthur – conhecido como "Mamãe Falei", nome de seu canal no YouTube – obteve 9,78% dos votos válidos (mais de 521 mil).
"Nossa votação realmente foi expressiva e mostrou surpresa. Nós chegamos aqui no Patriota, um partido novo que não tem histórico gigante, sem apadrinhamento político, abrimos mão do fundo eleitoral, não usamos um centavo de dinheiro público. O que o Celso Russomanno disse que desidratou por esse motivo é mentira. Ele pegou dinheiro do fundo, o Republicanos é um partido gigante, e ele tem apoio da Record, da Universal, do SBT e da RedeTV!, que cancelaram os debates. Tem gente que quanto mais aparece, mais derrete. Eu, sem fundo e com 15 segundos de TV, fiz 10% dos votos. Isso é muito expressivo e me deixa feliz porque me coloca como um candidato sério. Falei desde o começo que estava brigando com os grandes e ninguém acreditou", disse do Val à Rádio Bandeirantes.
"Não gostei do resultado final, mas fico feliz porque o futuro é promissor. Não vou apoiar nenhum dos dois [no segundo turno]. Sei que as pessoas estão acostumadas a fazer alianças, buscar espaço, secretaria, mas eu adiantei desde o início que jamais apoiaria ninguém. Peço perdão pelas palavras fortes, mas não acredito que Covas seja merecedor de sequer um aceno da minha militância. Os dois são igualmente ruins. É um absurdo que São Paulo tenha que escolher entre o PSDB e um invasor de propriedades. Acho triste."
Arthur do Val adiantou também que pensa em futuramente disputar uma vaga para o governo de São Paulo.
"Eu acredito que tenho vocação para o Poder Executivo. Sou muito organizado, venho da iniciativa privada. Meu guarda-roupa é organizado por cor, para você ter uma noção. Para tudo eu faço uma planilha. O Poder Executivo seria o ideal. Precisamos de pessoas que respeitam o dinheiro público e não gastam à toa. Se eu conseguir que o estado me conheça como candidato, não só como comentarista de rede social, posso alçar voos inimagináveis. Para 2022, temos que analisar ainda as questões partidárias", finalizou.
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