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Caso Gael: tia-avó diz que mãe nunca tinha agredido o menino

Datena

Mostramos ontem (10) ao vivo no Brasil Urgente o início da investigação do caso Gael de Freitas Nunes, menino de 3 anos de idade que foi morto dentro do apartamento em que morava com a família nas proximidades da Avenida Paulista, região central de São Paulo. Hoje (11) conversamos na Rádio Bandeirantes com Maria Nanete de Freitas, a tia-avó que encontrou a criança já sem vida na cozinha. Segundo ela, a mãe do garoto, Andréia Freitas, suspeita de ter agredido o filho até a morte, nunca havia batido nele.

"Sempre assisti seu programa, Datena. Dessa vez a tragédia aconteceu na minha casa. Que eu saiba, a mãe não batia nele. Eu, pelo menos, nunca vi. Ela gostava muito dele, ele gostava muito dela (...). E ele nunca reclamou de nada, adorava ela. A mãe demonstrava ser muito amável com o filho", disse.

De acordo com Maria, Andréia estava cursando faculdade online durante a pandemia e costumava ficar "trancada no quarto para estudar". "Por isso, nos últimos tempos, eu convivia mais com o menino", afirmou.

Na manhã da morte, a tia-avó escutou sons altos vindos da cozinha, mas imaginou que viessem do vizinho. Em seguida, ouviu mais barulhos e Gael chorando e parando de chorar repentinamente. Foi aí que percebeu que alguma coisa poderia estar acontecendo e foi verificar.

"Quando ele parou de chorar, pensei que ela tinha pegado ele no colo. Ele se calou porque gostava de colo, eu achei. Mas ela quebrou uma jarra, fez um barulho muito forte e eu corri. Perguntei: 'Andréia, o que aconteceu?' duas vezes. Ela nem se mexeu. Quando olhei para o lado, vi o menino coberto com uma toalha de mesa. Catei ele e levei para o quarto, e minha neta mais velha chamou o SAMU."

"Ali ele já estava morto. Vi que tinha um machucado na testa. Se tinha outros, não sei, não vi. Eu estava muito desesperada, percebi que ele não estava vivo, mas, para minha outra neta não perceber, disfarcei. O rapaz [do SAMU] que atendeu deu um sinal pra mim. Eu já tinha percebido."

Andréia Freitas foi presa preventivamente no 89º Distrito Policial, no Morumbi. A mulher de 37 anos chegou a ser internada em um hospital psiquiátrico, mas acabou transferida para a delegacia durante a madrugada.

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